sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Nazifacismo

Nazismo e Fascismo constituíram-se uma forma de governo autoritária, cujo auge deu-se na década de 1920-30 e que pretendia o estrito controle da vida nacional e dos indivíduos de acordo com ideais nacionalistas e com freqüência militaristas. Os interesses opostos seriam resolvidos mediante total subordinação ao Estado, exigindo-se uma lealdade incondicional ao líder no poder. O Nazi-Fascismo baseia suas idéias e formas num conservadorismo extremado, constituindo-se uma ditadura capitalista de extrema-direita, produto da crise pós-I Guerra Mundial, da crise do liberalismo e do crescimento do comunismo. Em outras palavras, o nazi-Fascismo foi a resposta da burguesia para a grave crise que atingia o capitalismo no início do século XX. Assim, não se pode “personalizar” tais regimes: se Hitler e Mussolini não tivessem implantado suas ditaduras, outros o fariam, pois era uma exigência do grande capital.
Nazismo e Fascismo são, na verdade, o mesmo fenômeno. Suas diferenças se devem, conforme veremos adiante, às diferenças históricas de cada país. O Nazismo surgido na Alemanha foi apenas uma forma mais desenvolvida de Fascismo, que se originou na Itália. A palavra Fascismo surgiu na Itália, originando-se do termo latino fasces, nome dado a um feixe de varas amarrado a um machado, que simbolizava a autoridade à época do Império Romano. Mussolini se apropriou da palavra e deu o nome de Fascismo ao Estado forte que pretendia criar. A partir daí, o termo passou a designar uma série de estados e movimentos totalitários no período entre a I e a II Guerra Mundial (1939-45), e cujo exemplo mais extremado foi o Nazismo alemão.
O Nazismo não seguiu uma idéia somente. Ele mesclou idéias de vários pensadores, como a filosofia de Friedrich Nietzsche, embora não possamos afirmar que Nietzsche fosse nazista (sequer foram contemporâneos). Suas idéias é que foram interpretadas segundo os interesses dos estudiosos nazistas. Também foram usadas idéias de Richard Wagner, quando exalta o povo germânico, e as do geógrafo Karl Haushofer, que dizia ter a raça dominante direito ao espaço vital (isto será pretexto para as invasões expansionistas futuramente).
Enquanto a teoria nazista se fundamentava em fatos “científicos”, forjados pelos cientistas alemães, Mussolini desandava a falar barbaridades. Primeiro, dizia que o povo italiano era superior por pertencer à “Raça Romana”. De onde Mussolini tirou essa idéia, desconhece-se. Afinal, o Império Romano era um mosaico de raças, a capital Roma tinha escravos de origens diversas, desde germânicos e egípcios até gregos, persas e núbios (Sudão e Etiópia). Portanto, na pior das hipóteses, o povo romano moderno seria uma mistura entre elementos germânicos, gregos e negros, esses visivelmente em bem menor número, já que os italianos são brancos. Mussolini dizia também que Roma iria ter todo o prestígio de outrora, recuperando todas as áreas dantes dominadas pelo Império Romano. Para isso, ele só precisaria anexar à Itália França, Inglaterra, Espanha, Portugal, Bélgica, Turquia, Líbia, Argélia, Iraque, Romênia....


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